Arthur Leite

O município de Santa Luzia do Itanhi está localizado no território Sul de Sergipe, a 76 km da capital, Aracaju, limitando-se ao Sul com o município de Indiaroba, ao sudeste com Umbaúba, ao noroeste com Arauá, ao norte com Estância e a ao oeste com Itabaianinha. Sua população é de aproximadamente, 14.035 habitantes (Estimativa IBGE 2019), seu nome é uma homenagem a Santa Luzia e o complemento "Itanhi" vem do nome dado pelos índios Tupinambás ao rio Real. A cidade de Santa Luzia do Itanhi é umas das povoações mais antigas de Sergipe, ficando em lugar de destaque devido às marcas deixadas pela história, a exemplo de ruínas de engenhos, alguns em bom estado de conservação, e um deles foi transformado em alambique, onde se é produzida a Cachaça Reserva do Barão. Localizada na APA Litoral Sul, importante unidade de conservação, também há uma reserva particular de Patrimônio Natural. A área também possui uma identidade gastronômica voltada para pratos com frutos do mar, doces e outros elementos da culinária nordestina.

Informações: Prefeitura de Santa Luzia do Itanhi Fone: (79) 3548 -1432


Engenho Antas

Foto por: Sirleila

Teve sua primeira escritura lavrada no ano de 1825, em nome de Manoel da Trindade Braques. O conjunto arquitetônico era composto pelo engenho, uma capela e três casas, das quais a mais antiga era assobradada, implantada no alto de uma encosta que emolduram o vale. As vias de acesso ao engenho dão-se pela Rodovia 247e pela BR101 adentrando os povoados Bom Viver e Tapera. A rodovia 247 e a BR101 está em boas condições, a estrada de chão que dar acesso ao engenho é estreita e possui muitas curvas, mas o tráfego é tranquilo, somente a sinalização das estradas exige um cuidado maior.

Engenho Cedro

Foto por: Sirleila

Possui uma das mais antigas tradições patrimoniais de Sergipe, pois sua propriedade permaneceu restrita a apenas duas famílias. "A primeira escritura do Engenho Cedro remonta a 1815, em nome de José de Bittencourt Calazans e Dona Antonia de Vera-Cruz Braque. A propriedade, por herança, passou para seu filho, o Tenente-coronel Joaquim José de Bittencourt Calazans, na primeira metade do século XIX. O acesso ao engenho dá-se de dois modos, o primeiro inicialmente pela BR101 sentido a cidade de Umbaúba, pegando uma estrada de chão batido até chegar ao engenho, já o segundo é pela SE 247, passa pelo engenho Antas, localizados no povoado Tapera e Bom viver, onde tem um acesso a uma estrada de chão beirando a mata até chegar ao engenho. Apesar de ser estrada de chão, a mesma está em boas condições, sendo possível trafegar tranquilamente. Quanto a estrutura da fazenda somente duas casas estão em condições favoráveis, uma do caseiro e a casa grande, as outras casas, o engenho e a antiga senzala estão em ruínas

Engenho e Fazenda Castelo

Foto por: Carlos Augusto

Localiza-se geograficamente vizinho à cidade de Estância e justaposto à cidade de Santa Luzia do Itanhi. Na propriedade do engenho havia escola, banda de música e até um jornal, "O Pirilampo", um importante ponto de referência cultural para a época. Em 1964 a usina Castelo encerra a sua produção e em 1989 a propriedade é vendida, a qual atualmente é explorada com pecuária. O conjunto arquitetônico do Castelo é um dos mais preservados da memória açucareira sergipana e seu acesso é dos mais bem conservados dos engenhos. A boa conservação do local é observada desde a área externa da fazenda - onde se pode avistar as chaminés do antigo engenho de açúcar – até o interior do casarão. A antiga casa impressiona pela arquitetura super conservada, enormes e detalhadas pinturas em diversas paredes dos salões e móveis dos séculos XVIII e XIX encontrados em quase todos os cômodos.

Engenho São Felix

Foto por: Jorge Aragão

Relíquia dos tempos áureos do Brasil colonial em Sergipe, o antigo engenho São Félix fica nas imediações da rodovia SE 368 que interliga os municípios de Estância a Santa Luzia do Itanhi. Primeiramente, a propriedade pertencia ao engenho Antas. O antigo proprietário, o tenente-coronel Paulo de Souza Vieira, pode ser considerado o marco inicial da construção que existe hoje, já que se casou com Joaquina Hermelina da Costa, filha dos proprietários do engenho Antas.

O casarão é uma beleza da arquitetura colonial, mostrando-se singular e único, com suas 30 janelas, 16 delas somente na parte da frente, e cerca de 32 cômodos. As janelas com vista para palmeiras imperiais e remanência de Mata dão um toque especial ao casarão.

A cada passo, um pouco da história vai ganhando contornos a quem lá visita. O piso de madeira, o telhado com as ripas redondas, a preservação de parte da mobília, a cozinha, a antiga senzala e agradáveis áreas de convivência coletiva.

Como mandava o costume, parte da família Vieira nasceu ali. E lá fez a história canavieira e da criação do gado o apogeu da época em Sergipe.

A propriedade foi tombada como patrimônio do Estado em 06 de janeiro de 1984 e passou por recentes reformas. Ela conserva também duas casas menores onde moram os gerentes da fazenda e hectares com pequenos córregos, nascentes, restinga de mata atlântica e estruturas históricas, como as paredes da antiga usina e a chaminé.

Engenho São José

Foto por: Sirleila

Dele existiam 9.000 hectares de terras e atividade produtiva com abrangência regional, hoje apenas 5% da área do antigo engenho São José, 450 hectares, remanescem de sucessivos desmembramentos da propriedade por divisões de espólio, sendo parte explorada com criação de gado e parte ainda recoberta com vestígios de Mata Atlântica. O acesso ao engenho é pela rodovia 247, passando pelos povoados Priapu I, Priapu II e Pau torto, a estrada é de chão batido, muito estreita, mas em ótimas condições de tráfego. A estrutura do antigo engenho está em ruínas, somente a casa grande e casa do caseiro, que cuida da propriedade, está em condições favoráveis.