Evento promovido pela Setur e Seteem valoriza gastronomia, artesanato e cultura regional, fortalecendo o empreendedorismo
 

Com o objetivo de dar visibilidade aos projetos efetuados por artesãos que fazem parte da cadeia produtiva do artesanato e da gastronomia sergipanos, começou a segunda edição da ‘Casa dos Sabores e Fazeres’. O evento acontece no Espaço Cultural do Projeto Tamar de Aracaju (entrada pela lateral do Oceanário), na Orla da Atalaia, entre 3 e 6 de julho e 10 e 13 de julho, das 10h30 às 17h. A entrada é gratuita.


 
Promovida pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê e o Projeto Tamar, a ‘Casa dos Saberes e Fazeres’ promete movimentar o cenário cultural e econômico do estado, destacando a criatividade, a identidade e a força do empreendedorismo regional. O evento reúne expositores de 26 municípios, entre eles, Aracaju, Simão Dias, Lagarto, Divina Pastora, Itaporanga d’Ajuda, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Areia Branca, Propriá, Pacatuba, Pirambu, Poço Verde e Estância.


 
Organizadora do evento, a servidora da Setur Léa Duarte explica que o evento é uma vitrine para os talentos locais e já se consolida como uma ação de valorização da cultura e estímulo à economia criativa. “A Setur e a Seteem se uniram nesse projeto de artesanato e gastronomia para dar mais visibilidade aos empreendedores que atuam nessas áreas e, também, para proporcionar aos turistas mais uma opção de lazer num ambiente onde podem adquirir artigos da iconografia de Sergipe, assim como experimentar a nossa gastronomia típica em um espaço lúdico. Então, essa é a intenção deste projeto: promover, fomentar e estimular o nosso artesão, para que se aprimore a qualidade do que é produzido. Isso também é uma forma de valorizar nossas raízes, resgatar a memória afetiva das pessoas tanto no artesanato quanto na gastronomia”, ressalta.


 
A diretora de Artesanato da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), Daiane Santana, enfatiza que a junção da Setur e da Seteem é uma parceria consolidada, que reafirma o compromisso do Governo do Estado em garantir um trabalho contínuo de programas e projetos como esse. “É o coletivo que faz dar certo. É na junção dessas secretarias que a gente potencializa o estado de Sergipe para o Brasil e para o mundo. A ‘Casa dos Sabores e Fazeres’ é uma ferramenta que promove o fortalecimento da base do artesanato, do turismo de experiência e, ao mesmo tempo, faz com que muitos turistas que já passaram por esse evento visitando o Oceanário, também queiram voltar, reafirmando isso para outras pessoas, e, assim, fortalece a cultura local”, considera.


 
Além da feira de artesanato com a comercialização de peças em crochê, arte em madeira, palha e bordados, por exemplo, e na parte da gastronomia, doces típicos, biscoitinhos e bebidas artesanais, a programação da ‘Casa dos Sabores e Fazeres’ também conta com apresentações culturais e realização de oficinas, reforçando o caráter educativo e comunitário da iniciativa. Nesta sexta-feira, 4, teve a apresentação artística e performance poética ‘Estancianidade’, pelo poeta Wilton Santos; e no sábado, 5, às 15h, acontecerá a oficina para confecção de bonecas com a palha de milho como matéria-prima, ministrada pela artesã Cristina Nunes, do município de Simão Dias (SE).
 
Contemplação à sergipanidade
 
Desde o primeiro dia que celebra essa segunda edição, a ‘Casa dos Sabores e Fazeres’ está recebendo visitantes de diferentes idades que foram prestigiar o evento, assim como conhecer e adquirir produtos regionais. A estudante Beatriz Passos disse que ficou sabendo da realização do evento e decidiu conferir. “Me encantei com a variedade e a criatividade do artesanato e também da gastronomia. E o que mais me chamou a atenção foram os doces feitos com a mangaba. Trouxe meu sobrinho, e ele, quando me pediu doce, não tive dúvida: comprei um dessa fruta típica da nossa região. É muito bom ver nossa cultura sendo valorizada assim”, contou. 


 
A artesã Dilva de Souza, conhecida como ‘Tia Dilva’ e que faz parte da Rede Solidária de Mulheres Catadoras de Mangaba, participa pela segunda vez do evento. Ela está expondo e comercializando produtos artesanais feitos a partir da fruta que é Patrimônio Cultural Imaterial de Sergipe, entre eles, tortas, geleias, licores, biscoitos e trufas. Com um sorriso acolhedor, Tia Dilva destaca a importância do espaço para valorizar o trabalho das mulheres da comunidade e fortalecer a renda das famílias envolvidas. “É uma oportunidade de mostrar nossa cultura, nosso saber e também garantir um dinheirinho que ajuda muito lá em casa. Até já recebi encomendas para depois do evento”, afirmou com orgulho.


 
Para o empresário André Amaral, que levou a Caju Brew, cerveja artesanal produzida em São Cristóvão (SE), o evento é uma iniciativa que proporciona visibilidade, incentiva quem faz com as próprias mãos e, também, fortalece o turismo de experiência. “Iniciamos o negócio em 2018 e produzimos oito tipos de cervejas a partir de receitas autorais que valorizam ingredientes regionais, como o caju. Oferecemos uma experiência sensorial única para os apreciadores de cerveja, e estou muito feliz em participar deste evento que fortalece a economia criativa e o turismo gastronômico do nosso estado”, frisou.

 

Fonte e fotos: Ascom Setur/SE