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O município de Porto da Folha, localizado no território do Alto Sertão de Sergipe, região semiárida, a pouco mais de 190 km da capital, orgulha-se de ter em sua construção populacional a presença das etnias indígenas, africanas e europeias. Margeado pelo rio São Francisco, a região foi palco de acesso aos colonizadores europeus, por volta do século XVII e é lá onde se encontra a única aldeia indígena do Estado: os Xokó.

O município é estritamente agrícola e pesqueiro, fazendo com que os costumes de sua população estejam ligados ao campo e ao rio São Francisco, mesmo estando em terras áridas do sertão brasileiro.

Com uma população estimada em 27.146 pessoas (Censo IBGE 2020), o nome do município deriva, popularmente, de um porto que existia na região e quando os europeus chegaram lá avistaram folhas de plantas nativas, que chamaram a atenção por sua beleza e grandiosidade. Ficou então conhecida como Porta das Folhas.

Turisticamente falando, a região possui diversos atrativos à beira do rio São Francisco, a exemplo: a ilha de São Pedro com a aldeia dos índios Xokó; a ilha do Ouro e os povoados Niterói e Mocambo, este último, comunidade quilombola, símbolo de resistência de lutas negras em Sergipe.

 


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EVENTOS

Foto por: Ivanilson Martins Xokó

Os indígenas Xokó comemoraram a retomada da terra, em 9 de setembro, com a dança do Toré, o consumo da Jurema (bebida sagrada) e muita pintura no corpo, à base de jenipapo, água e carvão. Na igreja, é realizada uma missa com cânticos indígenas e a fala do pajé, além de entrega de certificados aos ex-caciques, professores da escola indígena, políticos e companheiros dos Xokó. As festividades levam muita gente para a aldeia, em dois dias de programação.

Festa do Vaqueiro

Foto por: Prefeitura

O evento acontece sempre em setembro e há competições de vaquejada e pega de boi no meio da caatinga, além de shows musicais. A Festa do Vaqueiro de Porto da Folha foi criada pelo vaqueiro Antônio Alves de Farias (Tonho de Chico), em 1969, e é tradição na região.