Jorge Aragão

O rio São Francisco foi generoso com Sergipe e, onde ele mostra sua presença, o homem tem em seu favor o acesso ao lazer, à diversão e à contemplação da natureza. Em Propriá, cidade localizada no território do Baixo São Francisco, a poucos 96 km da capital, Aracaju, a disponibilidade de passeios ecológicos, do banho de água doce e da gastronomia baseada nos peixes e crustáceos provenientes do rio completa a vocação da cidade para o turismo. Não é por acaso que, por suas andanças pelas cidades ribeirinhas, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, cantou, em verso e prosa, a cidade na música “Propriá”. Os compositores Herbert Vianna e João Barone eternizaram a cidade em “Mormaço”, entre outros sucessos da música, literatura e história. A cidade, fundada em 7 de fevereiro de 1802 (205 anos), foi uma das mais prósperas cidades do Estado, chegando a ser a 2ª cidade mais rica de Sergipe. Esse período áureo e de pujante economia, protagonizada por fábricas de beneficiamento do algodão e manufaturas de tecidos, do beneficiamento do arroz, além do transporte e comércio, está documentado em prédios antigos no Centro. Contando com 29.626 habitantes (Estimativa IBGE 2019), resguarda o passado em casarios coloniais localizados no largo da Catedral Diocesana devotada a Santo Antônio, padroeiro da cidade. Denominada de Princesa do Baixo São Francisco, a feira livre de Propriá acontece aos sábados na avenida Tavares de Lyra e é um dos atrativos, por nela representar o cotidiano dos ribeirinhos através dos costumes diários. Pertinho dali, não deixe de observar o viaduto central professor Antônio Fernando Campos, um marco da arquitetura do interior de Sergipe, erguido na década de 30. A cidade é uma agradável surpresa para quem gosta do ar do interior, num misto de sertão com cidade ribeirinha, cheia de atrativos a descobrir.

Informações: Prefeitura Municipal de Propriá - Fone: (79) 3322-4308


Passeio de Canoa

Foto por: Jorge Carvalho

Tototó é o nome concedido a embarcações a motor, cuja denominação vem do barulho que faz. Procure embarcações registradas na Capitania dos Portos e o passeio está garantido até os bancos de areia e a cidade alagoana de Porto Real do Colégio. Em embarcações maiores, pode-se ir até a Ilha do Ouro, no município de Porto da Folha ou ir até a cidade de Neópolis. Na própria orla da cidade, pode-se negociar os passeios

Ponte da Integração Nacional

Foto por: Jaderson Dantas Oliveira

Fica na BR 101 e divide os estados de Alagoas e Sergipe. Do lado sergipano, há diversos restaurantes e lojas de bordados entre outros artesanatos. Também possui uma vista panorâmica da cidade. Vale a pena conferir

Praia da Adutora

Foto por: Silvio Oliveira

A praia de água doce fica entre as divisas dos municípios de Telha e Propriá. A prefeitura de Telha é a responsável pelo local, mas nos finais de semana a localidade é bem procurada por visitantes das duas cidades. O balneário fica a pouco mais de um minuto do centro de Propriá, na rodovia SE 202, sentido Amparo do São Francisco, já no município vizinho de Telha. O local é bastante procurado nos finais de semana e existem restaurantes simples, mas com bom cardápio e aluguéis de barcos à beira-rio. Não deixe de degustar do pitu, um camarão de água doce pescado no rio São Francisco.

Prainha

A prainha – denominação dada ao banco de areia que fica à beira-rio, em frente à orla da cidade  -   disponibiliza bares e restaurantes, porém rústicos. O banho de água doce no rio São Francisco é bem procurado. O local também disponibiliza uma boa vista da ponte sob a BR 101, que interliga os estados de SE e BA.

Propriá a Pé

Foto por: Jorge Aragão

O passeio inicial deve se concentrar na orla da cidade e no largo da Catedral Diocesana. Conhecê-los renderá uma boa fotografia. No centro do largo da igreja, a catedral em estilo gótico é uma das únicas do interior de Sergipe deste gênero. Do lado direito, velhos casarões, resquícios da colonização europeia, conferem a Propriá uma beleza bem singular. Na esquina, entre a rua da Palma e o largo da Catedral, o casarão da família Seixas foi totalmente recuperado por novos proprietários. Em frente, um outro casarão revestido com azulejos portugueses pertencente à família Chaves.