Ao trafegar pela rodovia BR-101, no sentido Aracaju/ Propriá, logo se vê, no trevo de acesso à cidade de Rosário do Catete uma grande imagem de nossa Senhora do Rosário. Adentrar na cidade é um convite a conhecer um pouco da história de Sergipe nos tempos áureos da cana de açúcar.
Distante cerca de 40km da capital, localizada na região denominada de Vale do Cotinguiba, as terras ocupadas por Rosário do Catete pertenciam ao antigo engenho Jordão, de propriedade de Jorge de Almeida Campos, que as doou para construção da capela de Nossa Senhora do Rosário.
Sabe-se que foi lá que nasceu João Gomes de Melo, o Barão de Maruim, no engenho Santa Bárbara de Baixo, senhor responsável pela assinatura da ata de mudança da capital de São Cristóvão para Aracaju, fato que aconteceu no Engenho Unha de Gato, pertencente a uma família de portugueses e, posteriormente, ao Barão.
A história de Rosário do Catete tem início em 1575, quando houve a primeira tentativa de conquista de Sergipe por Luiz de Brito, governador da Bahia. Bem próximo ao local em que a atual cidade se encontra existia uma aldeia de índios que viviam às margens de um rio e sob o comando do índio Siriry.
A povoação rosarense crescia tanto que, por volta de 1828, a Câmara de Santo Amaro resolveu transferir para Rosário a sede do município de Maruim. Os habitantes de Santo Amaro e Maruim declararam guerra entre si. O governo da província acabou intervindo e ratificando a decisão da Câmara de Santo Amaro. Em uma só assinatura, a povoação de Rosário do Catete passava à freguesia, vila e sede de município, mas isso durou pouco. As reações de Maruim foram fortes, em 3 de fevereiro de 1831, Rosário voltou a pertencer a Santo Amaro, como povoamento e freguesia. Cinco anos depois, ela se tornava Vila de Nossa Senhora do Rosário do Catete, e assim a cidade nasceu, após a Revolta de Santo Amaro. Hoje a cidade conta com uma população municipal de 9.221 (Censo IBGE 2020).