Foto por: @mejdrone

Lagarto, lugar onde se respira cultura e desenvolvimento, distante da capital, Aracaju, 75km. Conhecida em tempos remotos como a Cidade Ternura e a Capital do Interior de Sergipe, tem sua história iniciada em 1597, sob a tutela militar de Antônio Gonçalves de Santomé, filho de Cristovam Lagarto (tradicional família europeia, cuja origem data do século XIV).

O surgimento do atual nome da cidade, durante anos, foi atribuído a uma pedra em formato de réptil, mas, na verdade, está relacionada ao nome do fundador do povoado Santo Antônio, em 1604. Santomé, vulgo Lagarto, que colonizou as terras daquele povoado sob as bênçãos dos Carmelitas vindos de Salvador, que instalaram um convento localizado em Palmares (Riachão do Dantas).

As terras do Lagarto passaram a se chamar Nossa Senhora da Piedade, com a criação de sua Freguesia em 1669. Dez anos depois, as autoridades eclesiásticas criaram a paróquia com o mesmo nome. Com o desenvolvimento inicial do lugar, cria-se, no dia 20 de outubro de 1697, a Vila de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto e, em 20 de abril de 1880, é elevada à condição de cidade denominada Lagarto. Vale ressaltar que antes de toda essa história, a região era habitada por indígenas da etnia Tupinambá, entre outras.

Berço de inúmeros intelectuais de renome nacional, a exemplo de Sílvio Romero, Laudelino Freire e Aníbal Freire, com comércio dinamizado e uma indústria em franco crescimento, conserva o bucolismo das cidades interioranas de Sergipe, com uma população de 101.579 hab. (Censo IBGE 2023), acredita-se que essa população tende a continuar crescendo.

Atualmente, Lagarto é uma cidade universitária e desponta no interior sergipano com grandes potencialidades econômicas e no setor da Saúde por conta do campus da UFS. Juntamente com Itabaiana (SE), disputam o título entre as cidades mais prósperas do interior de Sergipe e por ser polo de entroncamento entre rodovias, o perfil de crescimento se assemelha ao mesmo modo que Arapiraca (AL) e Feira de Santana (BA).


Maniçoba - Divulgação

A maniçoba de Lagarto é consumida em feiras livres e, tradicionalmente, em restaurantes da cidade. É um prato à  base da folha da mandioca,  cujo caldo ganha uma coloração escura e esverdeada ao agregar toicinho de porco e charque.