Jorgeane Borges

A cidade de Indiaroba está localizada no território do Sul do estado, a exatamente 100 km da capital, Aracaju, na região situada entre os rios Saguim, ao Norte, e o rio Real, ao Sul. Com uma população de  15.831 hab (Censo IBGE 2020), o nome Indiaroba tem origem indígena e significa Indaiá – uma espécie de palmeira de nome Andiroba - em tupi guarani, óleo amargo. A cidade tem como características a beleza de uma antiga vila de pescadores, aliada à riqueza cultural e religiosa, além de ter povoados rústicos com belas e atrativas paisagens.

Relatos históricos contam que os franceses foram os primeiros povos etnicamente europeus a aportarem na região e excursionarem pelo rio Real com a ajuda dos indígenas. A povoação era denominada “Feira da Ilha”,  por causa dos comerciantes que levavam os produtos de Abadia, na Bahia, para comercializar na cidade. Posteriormente, o nome foi alterado para Terra do Divino Espírito Santo, depois, Indiaroba. Em 28 de março de 1938,  deu-se sua emancipação política.

A região possui belezas e riquezas entre manguezais, que encantam visitantes curiosos por conhecerem cada canto do rico e extenso ecossistema, importante fonte de sustentação dos nativos que residem e sobrevivem de seus recursos.

Os atrativos consistem nos serviços fluviais com passeios de barco ou lanchas, com música ao vivo, pelo estuário dos rios Real e Piauí, ou seguindo para os distritos de Pontal, Terra Caída, Preguiça, com passeios para os atrativos dos municípios vizinhos: Estância e Itaporanga, a exemplo das praias do Saco, Ilha da Sogra, Ilha do Sossego ou Mangue Seco, já na Bahia.


Foto por: Seiji Hiratsuka

A Coroação do Divino

Foto por: Seiji Hiratsuka

A festa do Divino tem como tradição e atrativo a participação do Imperador e da Imperatriz desfilando nas ruas. A saída concentra-se na entrada da cidade, pela manhã, com a Guarda de Honra montada, seguidos com as bandeiras do Divino, bandeira do Brasil, do Vaticano e do Município pelas ruas em direção à Paróquia, cada um representando o dom do Espírito Santo: O Saber, a Ciência, o Conselho, o Entendimento, a Fortaleza, a Piedade, a Sabedoria e Temor de Deus.

O Cortejo conta com a presença dos poderes Espiritual, representado pelo Vigário local: o Temporal, representado pelo Prefeito e o Social, pelos festeiros (pais do Imperador). Na porta da Igreja a Imperatriz e o Imperador são recebidos pelo Bispo Diocesano que os coroam sentados no trono para assistirem à missa solene. Os festejos em honra ao Divino são encerrados pelos Imperadores com a grande procissão pelas ruas da cidade.