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Distante 121km de Aracaju, Neópolis é considerada a Capital Sergipana do Frevo por manter o bloco, a tradição dos carnavais de rua com muito frevo no pé. Localizada às margens do rio São Francisco, no território do Baixo São Francisco, com uma população 16.426 hab. (Censo IBGE 2023) tem uma orlinha, com uma boa infraestrutura e casarios coloniais que datam da época do século XVII.

O município foi fundado com o nome de Santo Antônio de Vila Nova, em 18 de outubro de 1679, e foi elevado à categoria de vila em 1733, com a denominação de Vila Nova Del Rei. Em 1817, perde quatro quintos do seu território para a criação da freguesia de Santo Antônio do Urubu de Baixo, hoje, Propriá, e em 1940 passa a se chamar Neópolis.

Uma das curiosidades de Neópolis é ser uma das mais antigas vilas do Estado e uma das únicas cidades de Sergipe que tem duas igrejas católicas na mesma praça, uma de frente para a outra. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi a primeira a ser construída, no século XVII, é considerada uma das mais antigas de Sergipe da Confraria de São Beneditos dos Negros.

Na época da colônia, a forca ficava ao lado da igreja. Quando os negros eram condenados à morte iam à igreja de Nossa Senhora do Rosário, protetora dos negros, pedirem perdão e confessar os motivos pelos quais foram condenados à morte.

A igreja de Santo Antônio foi construída para ser a matriz da cidade, mas, em 1813, o inverno foi de muitas chuvas, seu teto desabou e a igreja de Nossa Senhora do Rosário passou ser utilizada até que a matriz fosse restaurada.


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Rota do Imperador

Crôa Rio Belo - Silvio Oliveira

A cidade compõe a Rota do Imperador, juntamente com Santana do São Francisco e Penedo (AL). O passeio de catamarã parte de Santana do São Francisco, município vizinho, mas margeia a cidade de Neópolis. A rota assegura um passeio de agradável beleza paisagística, recheada de histórias são-franciscanas e do imperador Pedro II, que tem a duração de mais 3h de passeio. (Veja mais Santana do São Francisco).

 

Vila Operária da Passagem

Foto por: S&Z Comunicação

Trata-se de um complexo residencial para os operários da fábrica de tecidos Peixoto Gonçalves & CIA LTDA, fundada em 1907, e que até hoje mantém tradições e regras próprias. Vale a pena fazer uma visita em busca dessas tradições, conversar com seus moradores e visitar as casas pintadas em branco e azul. Havia um prédio onde funcionava um cinema, com nome “Cine Passagem” e também um abrigo para as freiras que cuidavam da catequese dos operários. Ainda existe a capela Nossa Senhora de Fátima, salão social, clube de festas, campo de futebol (réplica das laranjeiras do Estádio do Rio de Janeiro, devido um dos diretores da fábrica, Dr. Roberto da Silva Peixoto, ser torcedor assíduo do Fluminense), escola, creche, e outros serviços para ser ali um povoamento com serviços próprios e independentes.

 Igreja Povoado Passagem

Vale destacar que o Clube Passagem de Futebol foi o primeiro campeão do Campeonato de Futebol Profissional do Estado de Sergipe

Seus mais de 900 moradores residentes em casinhas enfileiras pintadas de branco e com detalhes em azul, que remontam às cores do município e da fábrica, são funcionários, filhos, netos ou pais de operários da fábrica de tecidos Peixoto Gonçalves & CIA.

Turisticamente falando, a localidade não tem tradição nem infraestrutura a contento, mas as histórias e a arquitetura urbanística fazem com que a Vila Operária seja de forte apelo para visitá-la. No porto da Passagem haviam dois navios cargueiros, Brasiluso e Luso-brasileiro, que transportavam os tecidos para a região Sul do país. E uma lancha, construída toda em ferro, chamada Lancha Passagem, que transportava os diretores e alguns funcionários de primeiro escalão, que residiam na outra margem do rio, em Penedo-AL. 

Pertinho do rio São Francisco, localizada no município de Neópolis, à frente da histórica Penedo (AL) e ao lado da Prainha da Saúde e da cidade de Santana do São Francisco, polo e entreposto de artesanatos e objetos de barro. Quem visita a Passagem parece que observa um povoado que parou no tempo.

Cinema Povoado Passagem