Foto por: PMSSF

Santana do São Francisco, a 120 km de Aracaju, cidade localizada no Baixo São Francisco, outrora chamada de Carrapicho, mantém viva as tradições seculares da confecção de artesanato e dos utensílios em cerâmica.  A Associação de Artesãos do município estima que 70% dos santanenses trabalham na cadeia produtiva do artesanato, desde a retirada do barro, o transporte, a manipulação, a queima, a pintura e a comercialização. E essa é apenas uma de suas vocações turísticas, que gira a economia local e mantém viva as tradições.

Cidade de poucos 7.346 habitantes (Censo IBGE 2022), em cada esquina são diversas as variedades de utensílios e de esculturas, expostas nas calçadas das casas, em processo de secagem ao sol. Em cada olaria ou ateliê, o artesão produz mais de 40 mil peças por mês, fazendo da cidade um verdadeiro centro de exposição e comercialização de peças figurativas, panelas de barro, potes, filtros de água e cerâmicas decorativas. Por conta dessa tradição, Santana do São Francisco tornou-se em 2022 a Capital do Artesanato de Barro, reconhecida por Lei nº 8.981/2022.

Por ficar às margens do rio São Francisco, a cidade também desponta como atrativo turístico para quem gosta de lazer em contato com a natureza. As canoas e as seculares lavadeiras conferem um desenho bucólico à beira rio. Os cânticos são entoados e cada uma delas sabe uma lenda diferente sobre o Velho Chico. Como se pode perceber Santana do São Francisco é cultura, tradição e lazer.

 


Artesanato - Foto por: PMSSF

Mais de quinhentos artesãos santanenses são representantes da arte desta que é hoje, oficialmente, considerada a Capital Sergipana do Artesanato. São eles que contribuem para que Sergipe seja o estado do Nordeste que apresenta maior número relativo de ocorrências de produção artesanal. As esculturas de imagens e personagens regionais e a figura do nordestino esculpida com grandes pés são as mais procuradas, além de utensílios domésticos, como filtros e panelas.