Foto por: Fausto Filho

Distante 64km da capital, com uma população de
18.149 pessoas (Censo IBGE 2022), Campo do Brito, juntamente com as cidades de Macambira e São Domingos, vem incrementando os atrativos turísticos da região para comercializar uma rota turística denominada de Rota da Farinha,

Seu nome é originário dos campos de criação de animais que pertenciam a uma família chamada Brito. Campo do Brito fica na região conhecida como “Boca do Sertão” e localiza-se no alto com uma visão privilegiada. É o município detentor de um dos climas mais frios do estado, situado no Agreste sergipano.

Há duas versões para o surgimento da cidade: a primeira é que teria nascido num lugar hoje conhecido por Campo do Brito Velho, onde existem ruínas que poderiam ser de uma capela. A outra, é que teve início em uma capela que deu lugar à Igreja Matriz, ao redor da qual as ruas foram aparecendo. Mas o certo é que, em 1601, as terras de Campo do Brito foram doadas em sesmarias de 30 léguas ao capitão Antônio Rodrigues, o qual, depois da invasão holandesa, cedeu as mesmas ao Irmão Amaro, da Companhia de Jesus. Antes da emancipação, ocorrida em 29 de outubro de 1912, Campo do Brito pertencia a Itabaiana. Apesar de ser o povoado de maior destaque do município, não recebia a devida importância. Sentindo-se abandonados, os britenses começaram a desejar a independência, mas faltava um líder para enfrentar a resistência dos itabaianenses.

Em 30 de janeiro de 1845, o povoado passou à categoria de Freguesia, quando foi fundada a paróquia de Nossa Senhora da Boa Hora, ficando independente da de Santo Antônio das Almas, de Itabaiana. Surge o líder, passaram vários párocos por lá, sem deixar nenhuma marca, até que em 28 de agosto de 1888 foi nomeado como vigário o padre Francisco Freire de Menezes. Ele promoveu uma verdadeira revolução no povoado. Culto e inteligente, o padre não perdeu tempo, construiu a matriz e várias capelas nos povoados pertencentes à sua paróquia, e organizou seus súditos para uma nova era. Percebendo a liderança do padre, a população começou a apelar para que ele ingressasse na política e defendesse a emancipação do município.

A princípio, o padre resistiu à ideia, mas a insistência foi tanta que ele acabou cedendo. Consciente da dificuldade que teria para enfrentar as classes dominantes de Itabaiana, ele trouxe familiares do antigo engenho Maxixe, em Riachão do Dantas, de propriedade dos seus pais, para reforçar a luta. A oportunidade de emancipação surgiu em 1910, quando o general José Siqueira de Menezes, candidato ao Governo do Estado, foi a Campo do Brito pedir votos aos britenses. O padre prometeu o apoio em troca da emancipação, caso ele fosse eleito.  A partir daí começaram os protestos em Itabaiana. O padre foi eleito deputado estadual e apresentou, imediatamente, o projeto de lei para emancipação da freguesia. Assim, Campo do Brito elevou-se  à categoria de município, passando a ser sede dos povoados Macambira, Ribeira, Pedra Mole e Pinhão.


O destaque são os bordados de crochê, trabalhando diversas cores e formatos, bem como a produção de caminhões em madeira, miniaturas de todos os modelos, com enorme aproximação da realidade. Os artesãos têm participado de feira em todo o estado, divulgando a arte e cultura e mantendo a tradição artesanal. Além de outros artistas, através de pinturas em quadros, produção de miniaturas de trator com pneus reciclados, entre outros.