A população que fez surgir o atual município de São Domingos habitava em pequenas cabanas feitas de pindoba, na localidade chamada Tapera, às margens do rio Vaza-Barris, onde encontrou na agricultura e criação de animais uma saída para a permanência naquele local.
A partir da década de 20, os habitantes não se contentavam em viver apenas do que plantava em pequenos roçados. E assim apareceu, em 1924, o lendário senhor José Curvelo da Conceição, que tomou a iniciativa de montar uma feirinha. Não era mais aceitável ver aquela gente em busca dos gêneros alimentícios do dia a dia e todos os itens de sobrevivência a uma distância de 12 km, na cidade de Campo do Brito, porque o acesso era difícil, e quando chovia, a comunidade ficava ilhada nas pequenas moradas de palha, sujeitos às consequências das cheias, doenças e privações. Esse ponto de troca de venda de mercadorias de primeira necessidade, chamado inicialmente, de Feira Nova, foi o cerne do atual município, que é hoje conhecido no estado como a Terra da Farinha de Mandioca, além das grandes festas: Reis e do Padroeiro, que animam a cidade.
O sonho do Sr. Curvelo da Conceição de fundar uma vila foi- se delineando com as constantes visitas a Campo do Brito, que, a princípio, recebeu incentivo e apoio das lideranças locais. Colaboraram na organização do lugarejo, além do chefe político de Campo do Brito, Arnóbio Batista, José Brasil, José Ribeiro Andrade e Juvêncio Mendonça de Brito. E, finalmente, por força da lei, 21 de outubro de 1963, foi criado o município de São Domingos.
A cidade fica localizada no Agreste sergipano, próxima dos municípios de Campo do Brito, Macambira e Lagarto, e lança uma rota turística unificada para integrar potencialidades que chamem definitivamente a atenção dos visitantes para as belezas da localidade, a Rota da Farinha.
Distante cerca de 76 km da capital, Aracaju, com uma população de 10.271 pessoas (Censo IBGE 2020), São Domingos desponta como um produto turístico baseado na tradição das casas de farinha e no turismo rural e de ecoturismo. O município hoje é um dos maiores produtores de farinha de mandioca do Estado, exportando para Aracaju, Lagarto, Itabaiana e até para o Estado de São Paulo. É também um dos municípios destinados aos trilheiros, por conta da exuberante natureza da Serra da Miaba.
Serra da Miaba
Incrustada entre municípios de São Domingos (predominância), Campo do Brito e Macambira a Serra da Miaba é a terceira em maior altitude de Sergipe, estando a cerca de 600 metros acima do nível do mar. Por ser de grande potencial turístico e de natureza exuberante, sergipanos e turistas têm descoberto poços, trilhas, paredões e cachoeiras nessa região de rara beleza.
O ponto mais alto da Serra da Miaba é chamado de Cruzeiro e nesse ponto existem três cruzes, muito comum nos pontos mais altos de Sergipe. O local é visitado por romeiros, devido às crenças religiosas, além de trilheiros que gostam de curtir o pôr do sol após o dia de caminhada. É lá também que se obtém uma panorâmica das serras sergipanas, compreendida entre 10 municípios.
Dentre os atrativos bastante visitados na Serra estão: o Poço 17, uma espécie de piscina natural de águas geladas e refrescantes, cachoeiras, corredeiras e a encantadora Pedra da Arara, que fica na Serra da Miaba, mas já no território do município vizinho, Lagarto. Há também atrativos como o Poço do Caixão, a Cachoeira da Água Fria e a Fazenda do Itororó.
A Serra da Miaba fica atrás em altitude apenas da Serra Negra (da Guia), localizado no município de Poço Redondo, com a altitude de cerca de 750 metros e da Serra de Itabaiana, localizada nos municípios do mesmo nome e de Areia Branca, com 659 metros de altitude, partindo do nível do mar.
Rota da Farinha
Surgiu em 2019 juntamente com os municípios de Macambira e São Domingos para fomentar o turismo na região. A Rota é desenvolvida em parceria com o Governo do Estado, Governos Municipais, Banco do Nordeste, Sebrae, empresários e parceiros, com o intuito de sistematizar os atrativos locais e agregar valor a eles com infraestrutura, sinalização e atrações de novos empreendimentos.
Compõe a rota os atrativos naturais que já desenvolvem turismo de aventura, esportes e trilhas, além das casas de farinha, artesanatos, folguedos, eventos e gastronomia local. As casas de farinha são Patrimônio Cultural e Imaterial do estado de Sergipe por ser de relevância cultural em documentar os sabores e saberes. Também são espaços que geram economia local, já que são eles os locais onde a macaxeira colhida na localidade é transformada em farinha e deliciosas guloseimas vendidas nas feiras-livres.
Mata do Brejo
Uma área de mata virgem, com pequenos poços de águas naturais. O Brejo é ideal par os apaixonados por turismo ecológico e de trilha. A área fica localizada no povoado Saco dos Cavalos, aproximadamente a 200m da rodovia João Paulo II, no trecho que compreende o trevo de São Domingos.
Igreja São Domingos de Gusmão
A paroquia de São Domingos de Gusmão tornou-se paróquia em 14 de março de 2006, antes chamada de Capela de Campo do Brito.