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Considerado um oásis no sertão, por unir as belezas do bioma Caatinga com a exuberante paisagem das águas do rio São Francisco, a cidade de Canindé está situada a 213km da capital, Aracaju , e localizado no território do Alto Sertão sergipano, com uma população estimada de 29.900 hab (Dados IBGE 2019) reúne ecoturismo com a história do cangaço e a tradição sertaneja em um só destino. É lá onde ficam o Complexo Turístico do São Francisco que abriga a usina hidrelétrica de Xingó, a divisa dos estados de Sergipe com Alagoas e a parte da Bahia, sítios arqueológicos, além de trilhas ecológicas e a história do cangaço.

Segundo polo turístico mais importante do Estado de Sergipe, é em Canindé do São Francisco, que fica o cânion do mesmo nome, considerado o quinto maior do gênero no mundo e que atrai milhares de turistas, todos os dias, em busca das suas belezas naturais, do banho de rio, das histórias e das lendas, além da culinária do sertão e do contato com as tradições dos ribeirinhos.

Formado por obra humana devido ao represamento das águas do rio São Francisco para gerar energia na Usina de Xingó. Não é por acaso que as belezas naturais e as  histórias do Movimento do Cangaço fazem da região de Canindé do São Francisco o cenário perfeito para gravações de novelas, séries de TV e filmes.

Em sua história, Canindé de São Francisco se divide em antes e depois da chegada da Usina de Xingó na região. Por volta de 1936, às margens do Velho Chico, dois pequenos povoados se dividiam em Canindé de Cima e Canindé de Baixo. Este último precisou ser demolido para dar lugar à hidrelétrica. Uma nova cidade foi construída para abrigar os moradores. Eram seis de março de 1987, surgia então a cidade atual, projetada para distribuir harmonicamente as áreas administrativas, comerciais e residenciais. Desde então, Canindé de São Francisco vem se consolidando como uma excelente opção para o mercado turístico.

Para conhecer Canindé, com conforto e tranquilidade, o turista deve reservar no mínimo dois dias e assim aproveitar as maravilhas da cidade que é portão de entrada para o Complexo Turístico do São Francisco.

*Informações :Secretaria de Turismo , Cultura e Esporte - Fone: (79) 3346-1920


Cânion do Xingó

Foto por: Igor Graccho

O Cânion do Xingó é um dos mais belos atrativos da região. Sua exuberância, presente no leito do rio, nas rochas que alcançam mais de 50 metros de altura e na vegetação, oferece um espetáculo natural inesquecível para quem visita. O passeio de catamarã oferece a visualização de formações rochosas, enseadas e ilhas, que surgiram após o enchimento do lago da Hidrelétrica de Xingó, uniram os três Estados (SE, AL e BA) com parada para banho na Gruta do Talhado.

Feira Livre

Foto por: Silvio Oliveira

Há quem diga que o mercado público e as feiras livres de Canindé são as expressões mais detalhadas da cidade. É lá onde o turista encontra os cheiros, cores, gostos e tradições da população. A feira livre da cidade tem virado atração. O turista encontrará desde frutas e verduras aos mais autênticos produtos da culinária sertaneja, a exemplo da manteiga de garrafa, ovos de galinha de capoeira, rapadura, além de temperos e artefatos em couro.

Os doces caseiros enrolados na palha e os produtos confeccionados à base de milho e coco, a exemplo do beiju, pé de moleque, malcasado, viraram souvenires nas mãos dos turistas. A rapadura é embalada para viagem e de lá segue para os mais diversos cantos do país.

A vedete das feiras da região é o coquinho extraído ainda verde de uma palmeira tipicamente brasileira, denominado de ouricuri. Por meio do povo simples, o ouricuri ganhou variações de nomes também sendo chamado de adicuri ou simplesmente dicuri ou licuri.

A palmeira pode produzir até oito cachos com mais de 1.500 coquinhos cada.  Todo mundo que tem um pé de dicuri no quintal, quando nota que os frutos estão num tom amarelo vermelho sabe que está na hora de cortar o cacho e colocá-lo para secar. Depois é quase que uma diversão em família. O quebrar do coquinho, geralmente com uma pedra, vira uma brincadeira, é tradição de infância nas cidades do interior do Nordeste. O doce de ouricuri ou o soverte também podem ser apreciados.

Na parte superior da feira livre, os bares e restaurantes populares servem desde o sarapatel à carne de sol assada com feijão verde. Se tiver uma conversa mais amigável com um dos proprietários, a galinha de capoeira pode ser adquirida e cozida lá mesmo. Aí é só aproveitar o sabor do sertão, fotografar as tradições da feira e levar na bagagem os presentinhos com cheiro, gosto e cor do sertão de Sergipe.

Mundo Novo Ecoturismo

Foto por: Vento Leve Agência de Turismo

A Mundo Novo Ecoturismo é um pedaço de terra incrustada no alto sertão sergipano, um santuário da caatinga, com 80% de sua extensão territorial formada por essa vegetação que é nativa da região. Preservada, recompôs os ecossistemas da flora e da fauna naturais da terra seca. Em visita à fazenda, o turista pode fazer trilhas ecológicas que têm percurso de sete quilômetros, saindo da sede da fazenda até o rio São Francisco. O passeio inesquecível faz o visitante entrar em harmonia com a natureza, árida nas estiagens e bela e viçosa quando a chuva molha a terra. Ao final o turista tem a visão do Lago e Cânion do Xingó, podendo ainda mergulhar no Banho Real, onde foi cenário da novela Cordel Encantado.

Funciona de sexta a domingo e feriados, no entanto é preciso agendar com antecedência a visita. Fone: (79) 99804-0673

Museu da Caatinga

Foto por: Divulgação

Na área do Xingó Parque Hotel, fica localizado o Museu da Caatinga, onde de forma interativa você vai conhecer através de som e imagens vários animais do único bioma genuinamente brasileiro. Entre essas espécies da fauna destaque para o veado-catingueiro, preá, gambá, sapo-cururu, ararinha azul e asa branca. Já a vegetação, na exposição estão plantas que servem para preparação de medicação até ao famoso mandacaru, xique-xique, bromélias, angico, aroeira, entre outros. O acesso ao Museu é gratuito e pode ser acompanhado por um funcionário da recepção do hotel.

Museu de Arqueologia - MAX

Foto por: Setur

Com 55 mil peças, os achados do Museu de Arqueologia de Xingó são compostos de esqueletos humanos, utensílios e registros gráficos referentes a aspectos da cultura do homem que já se encontrava na região há pelo menos oito mil anos. O museu detém material de 70 sítios arqueológicos, sendo 55 deles a céu aberto.

As visitas são livres, mas monitoradas e estão disponíveis de quarta a domingo e nos feriados, no horário das 9 horas às 16 horas.

Orla Salomão Porfírio de Britto

Foto por: Érica Fernandes

Orla Salomão Porfírio de Britto é um moderno equipamento turístico e desenvolvimento para região do Alto Sertão sergipano, localizada na Zona Rural do município de Canindé de São Francisco é um dos principais atrativos turísticos, sendo bastante utilizado pela comunidade local e visitante, tem como principal fonte de atração o banho no Rio São Francisco e vista para usina Hidrelétrica de Xingo, conta com uma excelente gastronomia local que valoriza os alimentos encontrados na localidade.

A obra foi feita pelo Governo do Estado, por meio do Prodetur, e financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o novo ponto turístico conta com Sorveteria e Açaíteria com vista panorâmica para o rio São Francisco, 14 quiosques próprios para bares, dois postos salva-vidas, passarela de madeira, quadra esportiva com campo gramado, parque infantil, aparelhos para atividades físicas, duchas, ponto de apoio ao turista, amplo estacionamento para carros e ônibus, esgotamento sanitário e total acessibilidade para pessoas com deficiência.

Pôr do Sol com Vista Para o Velho Chico

Foto por: Setur

O pôr do sol avistando o Velho Chico é o ator principal e não importa onde seja. O que importa é contemplar e sentir que nesses  locais a natureza se faz generosa para que o turista seja apenas um mero expectador do belo. São vários mirantes e locais particulares, como restaurantes e bares, onde se pode apreciar o espetáculo do Astro Rei, para que no outro dia o passeio continue desbravando a região.

Rota do Cangaço

Foto por: Jorge Aragão

No passeio a bordo do catamarã Pomonga ou Cotiguiba e de embarcações regionais, o turista segue pelas águas do rio São Francisco com destino a trilha do Cangaço, onde a parada acontece às margens do Restaurante Angico, em Canindé  e de lá o turista segue para desvendar as trilhas que o grupo de cangaceiros, comandado por Lampião e Maria Bonita fizerem a sua última trajetória e foram mortos covardemente pela volante na Grota de Angico, já em Poço Redondo. Ao retornar nada melhor que mergulhar nas águas do Velho Chico e aproveitar as delícias da culinária local, a exemplo do pirão de pitu (camarão de água doce) e de maravilhas do bioma caatinga.

Usina Hidrelétrica de Xingó

A Usina Hidrelétrica de Xingó é a segunda maior do país e a sexta maior do mundo, formando um complexo moderno, que gera três milhões de quilowatts de energia elétrica, responsável pelo abastecimento de 25% da energia consumida pela região Nordeste. A visita a este monumento de puro concreto tem uma duração de 50 minutos, tempo em que o turista é informado sobre todo o processo de construção e o funcionamento da usina instalada no leito do rio São Francisco, unindo os Estados de Sergipe e Alagoas.

Para conhecer a primeira parada acontece no Mirante ou então mantenha contato com o Posto de Informações Turísticas - Fone: (79) 99888-8399

Vale dos Mestres

Foto por: Prefeitura

A trilha surge em meio à Caatinga. O turista tem, então, a oportunidade de conhecer espécies da flora do sertão como faxeiros, xiquexique, mandacaru, bromélias e quipás. O ponto de partida é o leito seco de um riacho, situado no povoado Curituba, a 25 quilômetros da sede do município. Entre os atrativos estão os sítios arqueológicos e uma lagoa deserta de águas claras e limpas, localizada no final da trilha. A visita tem que ser acompanhada por trilheiros e guias de turismo especializado.