Público acompanhou a performance da Meu Sertão na cidade cenográfica na Orla da Atalaia, que continua durante todo o mês de julho
 

A quadrilha, dança folclórica realizada durante os festejos juninos, é tradição nos quatro cantos de Sergipe, fortalecida de maneira espontânea pelo povo e elevada a níveis profissionais em concursos que enaltecem a nordestinidade embalada pelo ritmo do forró. Na última quinta-feira, 6, a quadrilha Meu Sertão, do município de Riachuelo, na Grande Aracaju, encantou o público com sua apresentação na Vila do Forró. A cidade cenográfica erguida no complexo do Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, ganhou mais 30 dias de festas em julho e permanecerá até 4 de agosto, em mais uma ação inédita do governo estadual.

 

A performance da Meu Sertão foi realizada no Barracão da Sergipe, espaço coberto e acolhedor, fruto da parceria do Grupo Sergipe com o Governo do Estado. Travestidos de muita cor, brilho e alegria, os dançarinos contagiaram o público com o tema “Maria, a força da mulher”, embalado por canções que enaltecem e empoderam as mulheres. Nas arquibancadas lotadas em plena quinta-feira, visitantes locais e turistas de vários estados, como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás, demonstravam êxtase diante do espetáculo de valorização da cultura sergipana.

A professora Vanda Gorgone dos Santos, da cidade de Botucatu, em São Paulo, não escondeu a emoção ao término do espetáculo. “Foi emocionante, muito bonito. Nunca vi nada igual”, disse. Ela destacou a exuberância do figurino e o fato de a coreografia estar muito bem ensaiada. Além disso, Vanda ressaltou que gostou muito da Vila do Forró pela organização e beleza. Viajando sozinha a passeio, é a primeira vez que a paulista vem a Aracaju, a qual considerou uma das capitais mais bonitas do Brasil.

Vânia Marques de Souza também demonstrou encantamento ao ver uma tradicional quadrilha junina de perto. Professora e atriz, ela acredita que a temática feminina e as referências históricas mostraram ainda mais a relevância da apresentação. “Eu me identifiquei, porque já fiz um trabalho sobre a Lampião e Maria Bonita. E a quadrilha é muito boa. Apresentou-se com muita beleza”, afirmou a jovem.

De férias e pela primeira vez em Sergipe, Vânia veio de Goiânia, capital de Goiás, acompanhada da mãe, a doméstica Ivanete Souza Oliveira. “Conheço quase todas as capitais do Nordeste e me surpreendi muito com como Aracaju é bem estruturada. Na Orla, há vários acessos para cadeirantes, o que, na minha visão, é muito importante”, comentou.

Apaixonadas pelos festejos juninos, as aracajuanas Wanessa e Rhayanne Freitas, mãe e filha, e o pequeno Fernando, de quase 4 anos, aproveitaram os dias extras de festa para ver a quadrilha Meu Sertão de pertinho. “A quadrilha foi maravilhosa! Ao abordar um tema tão atual, contra a violência e de valorização das mulheres, foi muito interessante”, disse Rhayanne. E Wanessa completou: “É muito importante que haja apresentações como essa, principalmente para as crianças, para que elas possam conhecer a cultura do nosso estado logo cedo”.

Sobre a Meu Sertão

Este ano, a quadrilha Meu Sertão, com 33 anos de tradição, foi a grande campeã do tradicional Concurso de Quadrilhas do Complexo Cultural Gonzagão, que fez parte da programação dos festejos juninos realizados pelo Governo de Sergipe. Também foi campeã do Concurso de Quadrilhas Juninas de Lagarto, levando os títulos de Melhor Casal de Noivos, Melhor Marcador e Melhor Banda. Além disso, sagrou-se vice-campeã do Concurso Levanta Poeira 2023, da TV Sergipe.

A quadrilha conta com 90 componentes, dez músicos e 15 pessoas na produção, além da diretoria. Neste ano, o tema trata da violência contra a mulher. “Tivemos a preocupação de retratar a realidade das mulheres. Apesar da seriedade do tema, ele foi tratado de forma leve, de modo que elas se sentissem empoderadas e fortes”, explicou Luis Claudio Santos, fundador da Meu Sertão.

Fonte e Fotos: Setur/SE