O Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc), em Sergipe, confirmou mais um nome de peso para sua 37ª edição. Trata-se de Hiran, artista baiano que tem se consolidado no cenário do rap nacional nos últimos anos e já dividiu palco com artistas como Caetano Veloso – que o apadrinhou, Ludmilla, Duda Beat, Larissa Luz, BaianaSystem, Daniela Mercury e Psirico. Hiran se junta a Emicida, outro rapper que já é nome certo no Festival que acontece de 01 a 04 de dezembro.
O evento promovido pela Prefeitura de São Cristóvão, através da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Fumctur), volta em 2022 após dois anos de hiato por conta da pandemia da Covid-19, e celebra neste ano 50 anos de liberdade, resistência e diversidade. Durante os dias do Festival, que promete ser o maior de todos os tempos, a cidade de São Cristóvão irá respirar arte e cultura. A expectativa é que mais de 30 mil pessoas circulem diariamente pelas ruas históricas e por sua praça patrimônio da humanidade, ambas chanceladas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pela Unesco, respectivamente.
Ao todo serão 15 locais preparados com toda estrutura necessária para receber as apresentações e o público na Cidade Mãe de Sergipe. Apresentações teatrais, dança, música, além de debates literários, feiras gastronômicas e de artesanato, palestras, oficinas e exposições farão parte da programação que será distribuída em locais públicos, organizados de forma a garantir acessibilidade e sustentabilidade gratuitamente em todo o Centro Histórico e outros pontos da cidade.
50 anos de Fasc
O Fasc foi iniciado nos anos 1970, e serviu de palco para grandes artistas sergipanos e nacionais, para que pudessem expressar suas produções artísticas nas mais diversas modalidades. O evento foi descontinuado em 2005 e retornou em 2017 resgatando a proposta dos antigos festivais e reacendendo a programação cultural da Cidade Histórica. Em 2022, dois anos após pausa por conta da pandemia de Covid-19, o Festival retorna ao formato presencial e promete ser o maior de todos os tempos, trazendo grandes nomes da cultura local e nacional.
Sobre o artista
Uma das maiores identidades do Rap Nacional, o baiano Hiran vem construindo sua carreira aos olhos de grandes artistas brasileiros que o admiram como Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Margareth Menezes e ao lado de toda uma geração que clama por mudanças positivas no mundo através da arte. Artista representante da cena LGBTQIA+, Hiran rima, canta, dança, atua, produz, dirige e é compositor de praticamente todas as suas músicas lançadas. Já concorreu a prêmios como o de APOSTA MTV no Mtv Miaw de 2020 e ao de melhor disco do ano por "Galinheiro" no prêmio da APCA do mesmo ano.
No primeiro álbum Tem Mana No Rap, com 8 faixas autorais e instrumentais, Hiran apresenta a sua visão sobre os problemas que envolvem o contexto político do país. Sua música mistura os toques, beats, suingues, métricas e flows que passeiam entre o 'grimme' londrino, o funk carioca, o r&b norte-americano e a vasta gama de possibilidades musicais residentes em Salvador.
Galinheiro seu segundo trabalho, lançado em julho de 2020, trouxe feats especiais,como Majur, Illy, Dicerqueira, Nininha Problemática, Tom Veloso, Ed Oladelê e Astralplane. Hiran afirma que o disco é sobre amor no meio do caos. O Álbum foi lançado alguns meses após o início do isolamento provocado pela Covid19 em 2020, num encaixe narrativo incisivo.
Álbum visual com duas faixas inéditas, o EP História conta com participação de Margareth Menezes e Linn da Quebrada, na canção Na Água de Oxum e Band de Batidão, com o rapper Wendel. O EP celebra a conexão do rapper com suas origens, sua cidade natal, Alagoinhas, e sua ancestralidade.
Fonte ; Ascom Pref. São Cristóvão